A
utilização da madeira na construção civil e na decoração é
cada vez mais recorrente, e quando o assunto é madeira tratada de
florestas plantadas, as vantagens são incontáveis.
Além de
ser 10% a 20% mais barato que estrutura com madeira nativa serrada
barata, esse tipo de madeira tem beleza singular, oferece resistência
à pragas, garante
durabilidade
e é uma opção sustentável.
No
entanto, esse material ainda não é muito utilizado no Brasil.
De
acordo com o diretor da ABPM (Associação Brasileira de
Preservadores de Madeira), Flavio Carlos Geraldo, esse fator afeta o
setor industrial-madeireiro nacional.
“No Brasil o
alicerce construtivo baseia-se em construções feitas de alvenaria,
bem diferente do que acontece nos Estados Unidos e Austrália”,
constata.
Segundo
ele, a falta de conhecimento interfere diretamente no uso da madeira
tratada na construção civil.
“Muitos arquitetos não
conhecem os benefícios do uso desse material, que pode oferecer
maior empenho nas composições estruturais, pois a robustez aliada
ao tratamento químico resulta em longevidade, fica de 10% a 20% mais
barato que estrutura com madeira nativa serrada, oferece boas
características técnicas, beleza singular e acima de tudo é uma
opção sustentável”, destaca Flavio.
São
produzidos por ano no Brasil 1,2 milhões de metros cúbicos de
madeira tratada, considerando que 10% se destinam à construção
civil, para os setores elétrico e ferroviário 15%, os outros 60% ao
setor rural, com a elaboração de mourões, esticadores, entre
outros.
Na construção civil como um todo, não existe
restrição para o uso da madeira tratada.
As opções de
projetos estruturais são várias, entre elas casas, pontes,
passarelas, playgrounds, coberturas, mirantes, telhados e
galpões.
O
tratamento de eucalipto e pinus, por exemplo, é realizado em usinas
de tratamento por vácuo, pressão ou autoclave. “Existem 250
unidades de tratamento no Brasil.
Funciona assim: num cilindro
(autoclave) são introduzidos os produtos químicos preservantes, que
variam de acordo com o tipo de árvore utilizada”, afirma o
diretor da ABPM.
Com
auxílio dos campos da mecânica e da química, o equipamento de
autoclavagem é o único com capacidade de impregnar profundamente a
madeira com produtos inseticidas e fungicidas de ação comprovada,
protegendo o suplemento contra apodrecimento, cupim e outros
problemas biólogos de deterioração.